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Questões sobre liberdade e determinismo
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A questão do livre-arbítrio é a questão de saber:
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Se a liberdade nos pode ser dada ou tirada.Essa alternativa está incorreta. A questão da liberdade sendo dada ou tirada se relaciona mais às discussões sobre opressão, direitos políticos e sociais do que ao livre-arbítrio. Livre-arbítrio diz respeito à capacidade interna de tomar decisões, enquanto liberdade nessa questão seria algo mais externo.
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Até que ponto deve ir a nossa liberdade na relação com os outros.Essa alternativa está incorreta. A questão do limite de nossa liberdade em relação aos outros se refere mais a discussões sobre ética e direitos individuais, e embora possa tangenciar questões de livre-arbítrio, não é o foco principal dessa discussão.
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Até que ponto o Estado deve interferir na nossa vida.Essa alternativa está incorreta. A interferência do Estado na vida das pessoas é um tema de discussões políticas ou éticas, mas não é diretamente relacionada com o conceito de livre-arbítrio, que é mais sobre a capacidade do indivíduo tomar decisões independentemente de fatores externos.
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Se temos a possibilidade de agir de modo diferente do que agimos.Essa alternativa está correta. A questão do livre-arbítrio lida essencialmente com a ideia de que os seres humanos têm a capacidade de escolher suas ações de maneira independente, ou seja, que poderiam agir de maneira diferente em uma mesma situação. Esta é uma questão central na filosofia, especialmente em debates que envolvem moralidade e responsabilidade.
O determinismo é uma teoria segundo a qual
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Por vezes os seres humanos não têm escolha porque são obrigados a obedecer.Esta afirmação é incorreta. O determinismo não se refere especificamente a situações em que os seres humanos não têm escolha devido a obrigações formais ou imposições. Na verdade, o determinismo é a ideia de que todas as ações e eventos, incluindo o comportamento humano, são resultado de causas anteriores, e não apenas de obrigações sociais ou legais imediatas.
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Os seres humanos possuem responsabilidade.Esta afirmativa não está correta no contexto do determinismo. O determinismo levanta questões sobre a responsabilidade moral porque, se nossas ações são predeterminadas por forças e causas anteriores, a ideia tradicional de que somos responsáveis por nossas ações pode ser desafiada. No entanto, há abordagens do determinismo que tentam conciliar com alguma forma de responsabilidade, mas não é o ponto central da teoria.
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As ações humanas estão determinadas pelas leis do país em que a pessoa vive.Esta expressão oferece uma interpretação incorreta do determinismo. Esta alternativa mistura a ideia de determinismo com um tipo de controle jurídico ou social. Embora as leis possam influenciar o comportamento humano, o determinismo é mais abrangente e se refere à ideia de que todas as ações, incluindo impulsos e decisões, são predeterminadas por condições anteriores, e não por uma única fonte como as leis de um país.
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As ações humanas são determinadas por causas anteriores.Esta afirmação está correta. O determinismo é a teoria segundo a qual todas as escolhas e ações humanas são determinadas por eventos anteriores e condições, ou seja, não há eventos que acontecem ao acaso. É a ideia de que tudo está interligado por uma cadeia de causa e efeito.
O determinismo afirma que:
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Tudo no mundo tem uma causa, podendo, eventualmente, ter hoje uma causa e amanhã uma outra completamente diferente.Essa afirmação está incorreta porque sugere que a mesma circunstância pode levar a resultados diferentes em momentos diferentes, o que contraria a noção de determinismo. No determinismo, dadas as mesmas circunstâncias (ou causas), o mesmo resultado sempre ocorrerá.
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Um acontecimento resulta de uma causa ou conjunto de causas e que sempre que essa causa ou conjunto de causas ocorrer dará inevitavelmente origem ao acontecimento.Esta alternativa está correta. Ela reflete uma concepção clássica do determinismo, onde cada evento tem uma causa ou um conjunto de causas. Se essas causas se repetirem, o mesmo evento inevitavelmente acontecerá novamente. Isso significa que o universo segue leis que são previsíveis e, em teoria, se soubéssemos todas as causas, poderíamos prever qualquer acontecimento futuro.
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Tudo no mundo tem uma causa exceto os atos humanos.Essa afirmação está incorreta. O determinismo, em linhas gerais, defende que todos os eventos, incluindo comportamentos humanos, são causados por eventos anteriores. Ou seja, nenhuma exceção é feita para os atos humanos, tudo é considerado parte de uma cadeia causal. Dizer que os atos humanos não têm causa vai contra o princípio do determinismo.
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A ideia de que tudo resulta de causas anteriores, se aplica apenas aos objetos físicos.Essa alternativa está incorreta. O determinismo é uma teoria abrangente que, normalmente, se aplica a todos os fenômenos, não apenas a objetos físicos inanimados. Assim, ele incluiria fenômenos mentais e ações humanas também como pertencentes a essa cadeia de causa e efeito.
O livre-arbítrio não é compatível com o determinismo, ou seja, se o mundo é determinado, não há livre-arbítrio. Esta tese é defendida pelo
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indeterminismoO indeterminismo é a visão de que nem todos os eventos no universo são determinados e que há espaço para o acaso ou eventos não causados. Embora possa oferecer um espaço para o livre-arbítrio, ele não afirma diretamente que o livre-arbítrio seja incompatível com o determinismo, mas sim que o determinismo não é uma descrição completa do universo. Assim, dizer que o livre-arbítrio não é compatível com o determinismo não é uma característica do indeterminismo em si. Logo, esta alternativa está incorreta.
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determinismoO determinismo é a tese de que todos os eventos, incluindo escolhas humanas, são determinados por causas anteriores. Sozinho, o determinismo não faz afirmações sobre o livre-arbítrio, a não ser que já abrace uma visão incompatibilista. O determinismo enquanto conceito não diz que o livre-arbítrio não é compatível com a sua visão, pois essa é justamente a função do incompatibilismo. Portanto, a alternativa está incorreta.
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incompatibilismoO incompatibilismo é a posição que defende que o determinismo e o livre-arbítrio são mutuamente exclusivos, ou seja, se o determinismo for verdadeiro, então o livre-arbítrio, como é tradicionalmente entendido, não pode existir. Como a questão afirma que livre-arbítrio não é compatível com o determinismo, isso se alinha exatamente com a posição do incompatibilismo. Portanto, esta alternativa está correta.
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compatibilismoO compatibilismo é uma posição filosófica que tenta conciliar o livre-arbítrio com o determinismo. Os compatibilistas argumentam que mesmo em um mundo determinado, ainda podemos ser considerados livres, porque o conceito de livre-arbítrio pode ser redefinido de forma a ser compatível com causas anteriores. Portanto, a afirmação de que o livre-arbítrio não é compatível com o determinismo não é defendida pelo compatibilismo. Assim, esta alternativa está incorreta.
A história de Édipo Rei, que narra um destino pré-determinado pelos deuses, pode ser considerada um exemplo de determinismo causal?
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Não, porque o determinismo causal não envolve um destino que deve se cumprir, e sim a existência de uma cadeia de eventos naturais que segue um curso determinado.Esta alternativa está correta. O determinismo causal é uma visão filosófica que sugere que todos os eventos no universo são moldados por uma rede ininterrupta e interligada de causas e efeitos. Diferente do que ocorre na tragédia de Édipo, onde há uma intervenção divina direta, no determinismo causal, não existe interferência divina ou destino previamente escrito – tudo é uma consequência lógica dos eventos anteriores. Portanto, Édipo Rei não se encaixa totalmente nessa definição, já que seu destino foi ditado pelos deuses e não por uma sequência natural de causas e efeitos.
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Sim, porque o determinismo causal e a história de Édipo envolvem uma força maior que controla todos os eventos e decisões humanas para que o destino se realize.Esta alternativa está incorreta. Enquanto tanto o determinismo causal quanto a história de Édipo mencionam condições inevitáveis, as forças que determinam eventos são conceitualmente diferentes. O determinismo causal prende-se a leis naturais de causa e efeito, enquanto a história de Édipo é guiada pela intervenção divina dos deuses, que decide arbitrariamente o destino dele. Assim, não é apropriado afirmar que ambos envolvem a mesma força maior.
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Não, porque o determinismo causal permite o livre-arbítrio, enquanto a história de Édipo nega qualquer possibilidade de escolha pessoal.Essa alternativa está incorreta. O determinismo causal frequentemente é visto em oposição ao livre-arbítrio, já que todas as ações e eventos seriam resultado de condições anteriores e não de escolha livre. Portanto, não faz sentido dizer que o determinismo causal permite livre-arbítrio quando, em geral, limita essa liberdade ao sugerir que existe uma única linha de eventos fixos a partir das condições iniciais. Por outro lado, a história de Édipo, ao forçar um destino específico, também nega a escolha, mas não por causa do determinismo causal, e sim pela vontade divina.
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Sim, porque tanto no determinismo causal quanto na história de Édipo, o destino das pessoas é inevitável, independentemente das escolhas que fazem.Esta alternativa está incorreta. Embora tanto o determinismo causal quanto a história de Édipo envolvam uma inevitabilidade aparente, suas causas são diferentes. No determinismo causal, a inevitabilidade surge de causas naturais estritamente encadeadas. Já na tragédia de Édipo, é especificamente seu destino decretado por deuses e não por um encadeamento de causas naturais. Assim, a inevitabilidade em Édipo é diferente da previsibilidade do determinismo causal.
O pressuposto fundamental assumido pela pesquisa citada para explicar o comportamento humano pode ser identificado com
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os determinismos materiais da sociedade.Esta alternativa está incorreta porque determinismos materiais da sociedade referem-se a fatores socioeconômicos que influenciam comportamentos, enquanto o estudo discute a influência de um fator biológico específico, o hormônio testosterona, no comportamento egoísta.
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os fatores de natureza histórica.Esta opção está incorreta, pois fatores de natureza histórica referem-se a eventos e condições passadas que influenciam o comportamento atual, enquanto o estudo está olhando para a influência do hormônio testosterona, um fator biológico e não histórico.
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a autonomia ética do indivíduo.Esta alternativa está incorreta. A autonomia ética sugere que o ser humano tem a capacidade de fazer escolhas morais livres de condicionamento. No entanto, o estudo citado apoia a ideia de que o comportamento pode ser influenciado por fatores biológicos como a testosterona, o que contraria o conceito de autonomia total do indivíduo.
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as diferenças sociais de gênero.Esta alternativa está incorreta porque a pesquisa se concentra em explicar o comportamento humano a partir de fatores biológicos, não sociais. As diferenças sociais de gênero se referem a como homens e mulheres são tratados ou se comportam na sociedade devido a normas e papéis sociais, e não são o foco desse estudo.
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o determinismo biológico.Esta afirmação está correta. O determinismo biológico sugere que o comportamento humano é influenciado principalmente por fatores biológicos e genéticos. Neste caso, a pesquisa assume que o hormônio testosterona tem um impacto direto sobre o comportamento egoísta das pessoas, o que se alinha com a ideia de que os aspectos biológicos podem determinar como agimos.
Com base no pensamento filosófico de Sartre, considera-se que
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a essência da natureza humana precede a existência.Incorreta. Um dos princípios fundamentais do existencialismo sartreano é justamente que a essência não precede a existência. Pelo contrário, Sartre propõe que 'a existência precede a essência', significando que o ser humano primeiro existe e, ao viver, define sua essência. Não há uma natureza ou essência definida antecipadamente para a humanidade.
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o homem está fechado em si, sem ter escolha.Incorreta. Jean-Paul Sartre, em seu existencialismo, defende a ideia de que o homem está sempre em possibilidade de escolha. Para Sartre, o ser humano não está fechado ou predeterminado, mas sim 'condenado' à liberdade. Isso quer dizer que, ao contrário do que diz a alternativa, o ser humano deve escolher e definir a si mesmo a partir de suas ações no presente.
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o existencialismo dá primazia ao determinismo natural em função do seu presente individual.Incorreta. Contrariamente ao que diz a alternativa, o existencialismo se opõe ao determinismo natural. Sartre defende que o ser humano é responsável por suas escolhas, e não controlado por forças naturais ou determinação biológica. O existencialismo privilegia a liberdade e responsabilidade individual sobre qualquer forma de determinismo.
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no homem em sua inteireza, a existência precede a essência.Correta. Essa alternativa expressa o cerne do existencialismo sartreano, que defende que 'a existência precede a essência'. Isso significa que o homem, em sua totalidade, primeiro existe e, por meio de suas ações e escolhas, determina quem é. Não há uma essência predefinida que guie o ser humano, mas sim uma construção contínua através da liberdade e responsabilidade pessoal.
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a natureza humana é um substituto da condição humana.Incorreta. Sartre faz uma distinção clara entre a condição humana e a ideia tradicional de uma "natureza humana" fixada. Em seus textos, ele argumenta que não existe uma "natureza humana" universal e fixa que dite o comportamento humano. Portanto, essas duas ideias não são substitutas entre si e a alternativa está equivocada.
Por quê?
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Porque o determinismo suprime, nos humanos, as condições que garantem seu direito de ir e vir.Esta alternativa está incorreta porque o determinismo, no contexto filosófico, não está relacionado diretamente com o "direito de ir e vir" que seria mais uma questão política ou legal. Determinismo, na filosofia, refere-se à ideia de que todas as ações humanas são determinadas por eventos ou condições prévias, e não diz respeito a direitos civis ou de locomoção.
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Porque o determinismo torna o homem escravo dos ditames das religiões, costumes e heranças.Esta alternativa está incorreta. O determinismo filosófico se preocupa com a ideia de causas e efeitos inevitáveis e não diretamente com a questão de escravidão aos costumes ou religiões. Estes seriam mais influências culturais e sociais e não necessariamente determinados de forma que comprometeriam o livre-arbítrio no sentido determinista.
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Porque o determinismo torna o homem escravo das leis coercitivas do Direito, mesmo sem causa.Esta alternativa está incorreta. Novamente, o determinismo filosófico lida com a inevitabilidade dos eventos devido a causas prévias, mas não está diretamente relacionado a obediência ou escravidão às leis do Direito. As leis legais são construções sociais e políticas, que podem ser vistas ou não como coercitivas, mas isso ultrapassa a discussão do determinismo no sentido filosófico.
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Porque o determinismo impede o homem de exercer outro dos seus constitutivos essenciais que é a sociabilidade.Esta alternativa está incorreta. O determinismo não tem relação direta com a sociabilidade humana. A sociabilidade refere-se à capacidade e necessidade humana de viver em grupos e interagir socialmente, o que não é diretamente afetado pelo conceito de determinismo.
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Porque o determinismo nega a existência da liberdade - um dos constitutivos essenciais da natureza humana.Esta alternativa está correta. O determinismo, nessa visão, sugere que todos os eventos, incluindo ações humanas, são determinados por causas prévias e inevitáveis, tirando assim a ideia de liberdade humana no sentido de livre-arbítrio. Se tudo é predeterminado, a capacidade de escolher livremente é negada. Em contrapartida, muitos acreditam que a liberdade de escolha é essencial para a natureza humana.
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